terça-feira, 13 de setembro de 2011

Desculpo sim!

Todo mundo tem um ponto fraco. Aquele calcanhar de Aquiles que se atingido faz a pessoa perder uma guerra inteira. Aquela fragilidade extrema coberta por camadas e camadas de coragem. É mais como uma carta que sustenta um castelo gigantesco de cartas. Algumas pessoas convivem por anos com outra e nunca descobrem o ponto de fragilidade em que o outro perde o equilíbrio da vida, outras nos olham por cinco minutos e enxergam todas as fragilidades que supostamente escondemos. Umas fazem questão de fazer de conta que não enxergam, seja por respeito ao outro, seja por se enxergar também vulnerável ou ainda por medo que o castelo desmorone. Há um tipo específico de gente que faz questão de tripudiar sobre nossos medos, de acabar com nossa alma, de despertar nossos pesadelos, de nos entregar como filhotes de gatos aos gladiadores. Tem gente que mata com uma palavra, tem gente que mata com um olhar.
Eu queria dizer a você, sim exatamente você que me magoa. Eu sou uma das pessoas mais corajosas que conheço, sou mais forte que aqueles caras da luta livre, sou equilibrada, estável, responsável e centrada. Meus amigos me procuram quando têm problemas, não porque eu sou a dona da verdade, mas porque me importo genuinamente com a felicidade deles. Eu sou generosa, coloco as pessoas que amo acima de tudo. Eu sou leal, sou fiel. Defendo com unhas e dentes quem amo e o que acredito. E sim, eu tenho defeitos, mas todo mundo tem. Eu tenho classe, e isso não envolve dinheiro ou bens, eu tenho educação e tenho berço, isso não se compra com dinheiro nenhum do mundo. Eu sou amada, você sabe o que é isso? Amada de verdade, as pessoas se importam comigo e com o que eu sinto e essa, meu bem, é minha maior defesa. Eu não preciso ser grande nem forte, o meu escudo é fortalecido todos os dias. Meu escudo tem tantas camadas que você nunca vai me atingir de verdade, minha família me protege, meus amigos me sustentam e minha fé que as coisas vão melhorar me carrega.
É doloroso ter nossos pesadelos fomentados, mas pesadelos são só sonhos ruins, uma hora a gente acorda sabe? Eu desculpo você. Não porque sou boa, mas porque o perdão liberta e quero ser livre de tudo que não me faz bem. Você é pequena demais, insignificante demais para ocupar meus pensamentos e meus dias. A partir de hoje é um assunto encerrado. Desculpo sim e boa sorte. Só tem mais uma coisa: não vou morrer, na verdade vou sim, quando tiver 100 anos abraçadinha a um velhinho lindo com muitos netinhos e bisnetos, feliz por ter sido generosa, feliz por ter a capacidade de perdoar. Alguém mais esperto que eu me disse que o mal se paga com o bem. Desculpo você.

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