terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Ao amor

O Amor é abstrato.
Talvez o abstrato mais citado e desejado
entre tanta coisa abstrata que nos cerca.

O Amor é imensidão.
Talvez o mais imenso sentimento que
somos capazes de sentir.

O Amor é plural.
Talvez seja soma, talvez multiplicação,
jamais diminuição.

O Amor é necessidade.
Talvez seja também desejo, a grande
sede de bem querer e ser bem querido.

O Amor é alimento.
Talvez o único capaz de nos manter
além de vivos, humanos.

O Amor é início.
Talvez seja o meio para que se afaste
o fim, talvez Ele nunca alcance o fim.

O Amor é tudo.
Talvez seja a partícula primeira, e feito
energia, em tudo esteja.

Sobre o Amor, toda metáfora existe,
toda poesia quer rimá-lo, toda
canção orquestrá-lo, todo ser vivente
anseia seu toque, sua proteção,
sua escolha…

Como alcançar o Amor?
Talvez uma pista para ter o amor por perto em seu amplo abraço
de tantos lados, seja lembrar que temos de ser capazes de
nos enxergar como alguém que pode ser amado.

Creio que o Amor gosta de brincar e como num afável esconde-esconde,
seja a criança que somos e que está escondida sempre dentro de nós.